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Planejamento Sucessório: Seu legado merece mais do que improviso.
Rafael Küster

Em países como os Estados Unidos, a maioria das famílias empresárias inicia o planejamento sucessório com pelo menos uma década de antecedência. Na Europa, o processo costuma envolver múltiplas gerações e é integrado à governança desde cedo — inclusive com conselhos de família e órgãos de decisão que preparam a transição ao longo do tempo.
No Brasil, no entanto, ainda ouvimos com frequência: “Ainda não é hora para pensar nisso.”
Será mesmo?
O planejamento sucessório é, de certa forma, urgente – mas não deve ser apressado.
Nos modelos mais maduros de gestão familiar internacionais, sucessão não é uma resposta à aposentadoria ou à idade. É uma estratégia de continuidade, com foco em formação, diálogo e preservação de legado.
Lá, o fundador raramente deixa para “resolver isso depois”. Por quê?
Porque ele entende que quem deixa para depois transfere poder ao acaso.
E por aqui?
No Brasil, a realidade é outra:
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Menos de 30% das empresas familiares chegam à segunda geração;
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A sucessão costuma ser pensada tardiamente, muitas vezes após uma crise de saúde ou conflito familiar;
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Pouco se investe em formar os herdeiros como líderes — e não apenas como beneficiários.
É hora de mudar essa lógica.
Como saber se chegou a hora?
Você não precisa esperar estar “pronto”. Mas alguns sinais são claros:
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Os filhos já têm envolvimento direto ou indireto com a empresa;
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Há um desejo real de desacelerar nos próximos anos;
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A família evita conversas difíceis sobre o futuro;
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Há dúvidas sobre como proteger o patrimônio e garantir continuidade.
Se algum desses pontos está presente, o momento chegou.
E o que o planejamento inclui?
Famílias empresárias no exterior costumam tratar a sucessão em três dimensões complementares:
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Patrimonial: organização/estruturação jurídica, veículos societários e segurança;
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Empresarial: governança, conselhos e formação de sucessores;
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Familiar: escuta, protocolo familiar e cultura do legado.
Isso não se faz em um semestre. Por isso, lá fora, começa cedo — e aqui também deveria.
Resumidamente, a sucessão vai acontecer. A questão é: com planejamento ou na base do improviso?
Somos especialistas em governança e planejamento para famílias empresárias. Lembre-se: quem escolhe o momento é você!